Talvez a mais das iconográficas e infames imagens da Guerra Civil Espanhola: um grupo de milicianos fuzila a imagem do Sagrado Coração de Jesus no Cerro de los Angeles, em Getafe, a sul de Madrid.
A 28 de julho de 1936 um grupo de milicianos, entre republicanos, comunistas e socialistas , decidiram entre blasfémias e insultos de toda a ordem, fuzilar a imagem do Sagrado Coração de Jesus, erigida no Cerro de los Angeles ( local geográfico do centro da península Ibérica) e que tinha sido inaugurada pelo rei Alfonso XIII, a 30 de maio de 1919, depois de fazer a consagração de Espanha ao Sagrado Coração de Jesus.
Cinco dias antes, estes bravos milicianos do ateismo militante, tinham-se divertido em assassinar cinco jovens católicos que corajosamente deram a sua vida, para guardar e defender o monumento da possível profanação. Esses jovens mártires, mortos in odium fidei, eram:
a) Pedro Justo Dorado Dellmans, de 31 anos;
b) Blas Ciarreta Ibarrondo, de 40 anos, casado;
c) Vicente de Pablo García, 19 anos;
d) Elías Requejo Sorondo, de 19 anos;
e) Fidel Barrios Muñoz, de 21 anos.
Todos leigos pertencentes à Acção Católica. Todos eles cristãos devotos do Sagrado Coração de Jesus. Todos eles cristãos empenhados e comprometidos na vida cristã.
Tinham decidido fazer uma Guarda de Honra ao monumento do Sagrado Coração de Jesus, orando e rezando o rosário.
Na manhã do dia 23 de julho, movido pelo ódio ateista, os milicianos apareceram no Cerro (colina), procurando pelos "frades disfarçados", referindo-se ao grupo dos jovens católicos. Num vexatório tribunal improvisado ali mesmo na esplanada do monumento, foram condenados à morte, não sem antes sofrerem toda a espécie de humilhações e ignomínias. Os jovens mártires partiram para o Céu, olhando de frente o monumento do Coração de Jesus que os parecia abençoar. Caíram gritando "Viva Cristo-Rei!", "Viva o Sagrado Coração de Jesus!". Seus cadáveres ali permaneceram, mergulhados numa imensa poça de sangue, durante 24 horas.
Os ateus marxistas posam para a fotografia no lugar de Deus: onde antes se venerava o Divino, agora julgam-se a si próprios como deuses e, sorridentes, fazem a saudação comunista e socialista com o punho fechado.
No dia 28, cinco dias depois dos cobardes assassinatos dos inocentes, os verdugos ateus, regressaram ao Cerro de los Angeles, agora para proceder ao pérfido e ignóbil julgamento, condenação e fuzilamento do Coração de Jesus. Prepararam toda a paródia, deixando-se fotografar. A imprensa escrita republicana publicou em primeira página essa fotografia do fuzilamento, comentando favoralvelmente o acontecimento: "O desaparecimento de um estorvo", diziam os jornais. O Governo da República Espanhola, em decreto, alterou o nome de Cerro de los Angeles, para Cerro Rojo (Colina Vermelha) nome este, que permaneceu até ao final da Guerra.
Na medida em que o simples fuzilamento não deitou por terra o monumento, uma semana depois, a 7 de agosto de 1936, os ateístas regressaram mais uma vez aos pés do Sagrado Coração de Jesus, agora para o dinamitar, o que aconteceu com três cargas de dinamite.
Placa que honra a memória dos 5 jovens cristãos mártires, mortos pelo feroz ódio ateu a Jesus Cristo e à Santa Igreja Católica.
Ruinas do monumento original do Sagrado Coração de Jesus, dinamitado pelos ateus marxistas em 7 de agosto de 1936.
Junto ao monumento, fica um convento de Irmãs Carmelitas, de vida contemplativa: o Carmelo do Cerro de los Angeles. Essas irmãs, contam-nos muitas histórias acerca do seu vizinho monumento. Uma das mais impressionantes, é o relato de duas conversões daqueles milicianos marxistas que no dia 28 de julho de 1936 apontaram e dispararam suas armas contra a imagem do Sagrado Coração de Jesus. Diz uma das irmãs: "Vários anos depois da Guerra, recebemos uma carta das Filhas da caridade, de Zaragoza, em nos relatava como um homem lhes apareceu no convento, arrependido e a pedir perdão, por fuzilar o Coração de Jesus em Getafe. Outra ocasião, foi um Juíz, num Tribunal civil, que ao ouvir um réu, este lhe pedia para trabalhar na construção de uma igreja, como forma de reparar a ofensa por ter fuzilado a imagem de Cristo no Cerro de los Angeles."
E a irmã carmelita continua: "Estamos aqui, em Getafe, com o Sagrado Coração de Jesus, para O acompanhar; adora-Lo e rezar por todos os homens, especialmente os pecadores". "Também pelos que fuzilaram a imagem de Cristo?" "Sim, claro! Se soubessem o que fariam verdadeiramente, não o teriam feito! Aqui rezamos por todos eles" diz. "E hoje as balas são outras", continua, "São as da ingratidão, as da indiferença. Hoje, na vida do Homem, falta Deus. E sem Deus, o homem é inimigo do homem; deixa-se governar pelo demónio, pela falsidade, pelo egoísmo". Uma da mais jovens monjas carmelitas acrescenta: "Dá-me imensa pena que muitos dos meus amigos e amigas pensem que por viver aqui no convento não seja uma pessoa livre, isto quando na realidade eles são escravos de muitas coisas. sem Deus não há felicidade".
Meus caros amigos leitores, amar é perdoar. Esta é a divisa do verdadeiro cristão. Peço humildemente todos os dias ao Senhor, meu Deus, para me dar um coração assim!
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