O seu apostolado como bispo, caracterizou-se pelo grande zelo no acompanhamento dos sacerdotes, pelo seu amor aos mais pobres, pela sua intensa vida de oração e austeridade pessoal, privando-se inclusivé do que necessitava para dar aos necessitados.
Durante a Guerra Civil Espanhola, quando o ódio raivoso do ateísmo comunista e socialista se abateu sobre sua diocese, e o próprio via a sua vida ameaçada, nunca quis separar-se dos seus fiéis, e dizia sempre o mesmo: "Eu sou o pastor, e a minha missão é permanecer junto com as ovelhas que me foram confiadas; ou me salvo com elas, ou com elas morro". Ganhou a admiração e a estima das gentes de Teruel.
No dia 8 de janeiro de 1938 (agora quase a fazer 74 anos), foi feito prisioneiro na companhia do seu Vigário Geral da diocese, Mons. Felipe Ripoll Morata, seu companheiro nos trabalhos pastorais, na detenção, no martírio e na beatificação, ocorrida a 01 de outubro de 1995.
Após 13 meses de cativeiro nas prisões de Valência e Barcelona, a 25 de janeiro de 1939 (último ano da Guerra) e véspera da entrada das tropas nacionalistas na cidade de Barcelona, os presos foram transportados em direção a Santa Perpetua de la Moguda (Barcelona) e daí a Campdevànol y Puigcerdá, na província de Girona. A noite de 26 passaram num comboio, e no dia 27 oram levados a Ripoll, e daí, a pé até Sant Joan de las Abadesas debaixo de uma chuva torrencial. No dia 31 de janeiro, os prisioneiros foram levados a Figueras y Can de Boach em Pont de Molins.
Na manhã de 7 de fevreiro de 1939 (a menos de dois meses da guerra terminar), 30 soldados enviados pelo comandante comunista Pedro Díaz, chefe de uma coluna de tropas de Enrique Líster (mais tarde general do Exército Vermelho da URSS), sequestraram 14 de esses presos, entre eles, o próprio bispo de Teruel, D. Anselmo Polanco, o Pe. Felipe Ripoll, seu Vigário Geral da diocese. Seguiram pela estrada em direção a Les Escaules, e detiveram-se a cerca de um quilometro e meio de caminho, onde fuzilaram os prisioneiros. No dia seguinte repetiram o processo com os restantes 26 prisioneiros. Os fuzilados, alguns deles agonizantes, feridos pelas metralhadoras, foram regados com gasolina e queimados.
Neste mesmo lugar, foi erigido um memorial em 1940, com a seguinte inscrição:
"Viajante, por aqui passou o terror vermelho, deixando como vestígio da sua passagem quarenta cadáveres. (...) Recorda-os com uma oração. 07-II-1939"
Aspecto na actualidade (vandalizado) do monumento que lembra os 40 fuzilados entre eles o bispo Beato Anselmo Polanco Fontecha neste local em fevereiro de 1939.
O cadáver meio queimado do bispo não mostrava sinais de putrefacção, e a pedido da diocese de Teruel, seus restos foram transladados para a catedral da sua diocese.
Em 01 de outubro de 1995, o bispo D. Anselmo Polanco Fontecha e o Vigário Geral Pe. Felipe Ripoll, foram beatificados pelo papa João Paulo II.
Sem comentários:
Enviar um comentário