Não é minha pretensão com este blog julgar os assassinos ou seus herdeiros ideológicos. Ao Senhor pertence o julgamento. Eu, que apenas ambiciono ser um simples seguidor de Cristo na sua Igreja, cabe-me perdoar, tal como o fizeram aos seus carrascos estes mártires espanhois que aqui vão ser apresentados. Faço minhas as palavras do cardeal vietnamita Nguyen Van Thuân - que passou 12 anos em prisões comunistas - quando dizia "não me sentiria cristão se não perdoasse".
Nesta nossa sociedade de 2012, de indiferentismo religioso, hiper-consumista, hedonista e abandono de valores cristãos, foi Graças à "descoberta" das histórias individuais de todos estes mártires, à sua imolação, ao seu holocausto; que dei por mim num caminho de conversão. Re-encontrei-me com Jesus Cristo e com a Santa Igreja Católica.
"Por causa do Meu nome, sereis odiados em todas as nações" (Mc 13,13).
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
O assassinato do Beato Florentino Asensio, Bispo de Barbastro
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Seu tio foi assassinado pelos comunistas
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Festa na Igreja: beatificação de 23 mártires no passado domingo 18 de dezembro
E lembrou os nomes dos novos beatos da nossa Santa Igreja: Francisco Esteban Lacal, Vicente Blanco Guadilla, José Vega Riaño, Juan Antonio Pérez Mayo, Gregorio Escobar García, Juan José Caballero Rodríguez, Justo Gil Pardo, Manuel Gutiérrez Martín, Cecilio Vega Domínguez, Publio Rodríguez Moslares, Francisco Polvorinos Gómez, Juan Pedro Cotillo Fernández, José Guerra Andrés, Justo González Llorente, Serviliano Riaño Herrero, Pascual Aláez Medina, Daniel Gómez Lucas, Clemente Rodríguez Tejerina, Justo Fernández González, Ángel Francisco Bocos Hernando, Eleuterio Prado Villarroel y Marcelino Sánchez Fernández.
Missionários Oblatos de Maria Imaculada agora beatificados:
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Pe. Justo Lozoyo Lopez e sua mãe D. Francisca Lopez Moreno
Antiga lápide cemiterial da sepultura do jovem sacerdote e de sua mãe, D. Francisca López.
Jovens sacerdotes da diocese de Toledo seguram a pequena urna com as reliquias do mártir Pe. Justo López e sua mãe após a exumação em Maio de 2011.
O padre Justo Lozoyo López, sacerdote da diocese de Toledo (Espanha), sofreu o martírio na companhia de sua mãe, D. Francisca López Moreno no dia 25 de agosto de 1936.
domingo, 18 de dezembro de 2011
Mártires de Barbastro
Hoje vou apresentar um magnífico grupo de cristãos, que entregaram a vida por Cristo com uma valentia, uma heroicidade, com um entusiasmo transbordante, que me dão um grande exemplo radical de amor a Jesus Cristo sem par, um dos martírios mais comoventes da história moderna da nossa Santa Igreja Católica.
Era o mês de agosto de 1936. A perseguição marxista contra a Igreja tinha-se abatido em toda a Espanha com uma fúria diabólica. O Seminário dos Missionários Claretinanos da cidade de Barbastro foi feito prisioneiro na sua totalidade. Ignorando que os três padres superiores do seminário tinham sido já assassinados, toda a comunidade (padres, irmãos e seminaristas) foi encarcerada na cave de um antigo colégio. Para que os jovens seminaristas ficassem sem apoio dos padres ou dos Irmãos (religiosos não-sacerdotes), os milicianos executaram no dia 12. Havia a expectativa, que mediante alguma tortura, os amedrontados jovens seminaristas renunciassem à sua religião e sua Fé em Jesus Cristo, tornando-se nuns apóstotas. Ficavam assim, 40 jovens seminaristas desapoiados e deixados à sua sorte. Assim pensavam os vermelhos. Mas aquele punhado de valentes, verdadeiros cristãos, jovens com uma fé adulta, agigantaram-se e prepararam-se para o martírio.
fotografia da comunidade mártir do Seminário Claretiano de Barbastro
As três semanas precedentes tinham sido terríveis. Na cave que fazia de prisão, aqueles presos sofreram toda a espécie de indignidades, privações e insultos. Tentavam vencer a resistência dos jovens, e recorreu-se a prostitutas, ameaças, ofertas de liberdade em troca de abandonarem sua vocação... e isto até ao último instante.
Até que ao verem que não conseguiam vergar aqueles valentes cristãos, se disseram claramente qual era a causa da sua morte: "Não vos odiamos a título pessoal, mas sim à vossa religião, a vossa sotaina, esse trapo repugnante. Se as tirarem, pouparemos vossas vidas. Mas a matar-vos, será com ela vestida, e assim sereis com a sotaina sereis enterrados". Assim souberam eles porque os perseguiam. Morreriam mártires por Jesus Cristo, e nada mais que por Jesus Cristo.
No dia 12 de agosto foi um grande dia na prisão. Desse dia nos chegaram uns testemunhos escritos verdadeiramente memoráveis. Em papel que embrulhava os chocolates que lhes ofereceram para o pequeno-almoço. Cada um escreveu um lema, uma frase que resumia o seu ideal de vida, e de seu martírio. Quarenta assinaturas que escrevem uma das mais gloriosas páginas da Santa Igreja Católica do século XX: "Viva Cristo-Rei!"; "Viva o Coração Imaculado de Maria!"; "Morro contente por Deus!... Nunca imaginei ser digno de receber esta Graça!"; Por Ti, Meu Deus, pela Santíssima Virgem meu sangue dou!", e assim todos os 40!
Não creio que exista na história da Igreja um documento martirial como este. E dizem as testemunhas: "Todos estavam contentes e se felicitavam entre eles, como os Apóstolos, por terem sido considerados dignos a sofrer pelo nome de Jesus". Ao anoitecer, os candidatos ao martírio, abraçavam-se, beijavam mutuamente os pés e as faces uns dos outros, choravam de alegria por estar próximo o fuzilamento...
Às 24h00 do dia 13, irrompiam os milicianos na cave. Leram 20 nomes, em que cada um era vigorosamente reposnsido com um "Presente!". Alguns beijavam com amor as cordas que lhes atavam as mãos, e todos dirigiam palavras de perdão aos seus verdugos. Atravessaram a praça cheia de gente. E ao subir para uma camioneta de caixa aberta, gritavam entusiasticamente: "Viva Cristo-Rei!", e os presentes respondiam: "Morram, morram! Canalhas, vão ver o que vos espera no cemitério!" E era uma cena impressionante, pois ao longo da noturna viagem de 3 quilometros em cima da camioneta, cantavam e rezavam. Alegres! Diz o relato de uma testemunha dessa noite: "Todo Barbastro os ouviu! Todos cantavam cânticos religiosos. E eram inocentes com anjos!" Recusado a última oferta de liberdade em troca da apostasia, todos cairam debaixo das balas com o nome de Jesus nos lábios, como confessou um dos assassinos: "Com os braços abertos, em cruz, e gritando Viva Cristo-Rei, receberam a descarga dos projeteis".
Monumento erigido no local onde os seminaristas católicos foram assassinados
A meia-noite do dia 15, os vinte restantes iam para o Céu, celebrar a grande festa da Assunção. Animados pelo exemplo dos seus colegas anteriores, deixaram escrito: "Morremos todos contentes, e nenhum de nós sente desânimo ou pesar". Repetiram-se as mesmas cenas, trágicas para uns, porque nessa noite, os vermelhos não iam tolerar aquele escândalo dos "Vivas" e dos cânticos religiosos ao meio da noite pelas ruas, e a golpes de coronhada das espingardas, desfizeram o crânio de um deles, embora não tenham conseguido os seus intentos, e até pelo contrário, incentivou os seminaristas a cantar com redobrado entusiasmo louvores a Cristo-Rei, ao Coração de Maria, à religião católica e ao Santo Padre.
Um dos verdugos, refugiado em Paris, depois de terminada a Guerra Civil, dizia: "Não havia quem os fizesse calar. Por todo o caminho foram cantando e dando Vivas a Cristo-Rei. Nós, mesmo dando golpes com a coronha das armas, não os conseguiamos fazer parar. E não pense que eram golpes mansinhos... Um deles caiu morto, com a cabeça aberta. Mas quanto mais lhes batíamos, mais forte cantavam e gritavam, Viva Cristo-Rei!"
Lápide no pequeno monumento que lembra o martírio
Três dias mais tarde, morriam também fuzilados dois companheiros, que por doença, tinham sido transferidos para o Hospital. Ficava assim completo o número daquela comunidade cristã: os 51 Missionários Claretianos Mártires: 9 sacerdotes, 5 Irmãos missionários e 37 seminaristas, que em Barbastro encheram a nossa Santa Igreja Católica Apostólica Romana de Glória.
É esta a fibra dos santos da minha Igreja, na qual tenho a imensa Graça de caminhar na Fé! Hoje, na minha vida, são estes os meus Heróis!
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Beato Josep Samsó, sacerdote (diocese Barcelona)
O Pe. Samsó ofereceu a sua vida por Cristo, com grande serenidade e morreu com palavras de perdão aos seus executores. Despediu-se dos seus companheiros da prisão com as palavras de "Deus sobre Tudo", e com as mãos atadas, foi encaminhado ao cemitério de Mataró. Depois de subir as ígremes escadas que conduzem ao cemitério, pediu que lhe destassem as mãos e quis abraçar todos os que o iam fuzilar. Disse-lhes que os amava como Jesus o havia feito aos que O prenderam à Cruz. Quando tentaram vendar-lhe os olhos, pediu para que não o fizessem, que queria morrer olhando a cidade onde tinha os seus paroquianos que tanto amava.
Lápide de homenagem ao Pe. Samsó na sua antiga igreja paroquial. Assim são os mártires das nossa Santa Igreja Católica.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Santiago Mosquera y Suárez de Figueroa, jovem leigo mártir
Podem-me bater outra vez. Eu não blasfemo!
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Beata Maria de la Piedad Suárez de Figueroa y Moya
domingo, 11 de dezembro de 2011
15 Irmãos da Ordem de S. João de Deus - Sanatório de Calafell
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
D. Eustaquio Nieto y Martín, Bispo de Sigüenza
A violência assassina das forças republicanas e marxistas, exercida durante a perseguição religiosa levada a cabo em Espanha entre 1936-1939, tudo fez para fazer desaparecer a Igreja. Para além dos milhares de leigos, sacerdotes, freiras também vários bispos foram martirizados e deram as suas vidas por amor a Jesus Cristo.
Já aqui falei do bispo de Barcelona, D. Manuel Irurita, no post do passado dia 03.12.2011, no dia exacto do 75.º aniversário da sua imolação. Hoje venho falar-vos daquele que foi o 1.º
de 13 bispos espanhóis martirizados nesse holocausto da cruel perseguição religiosa ocorrida no contexto da Guerra Civil Espanhola: D. Eustaquio Nieto y Martín, bispo de Sigüenza.
Natural de Zamora, nasceu a 12 de Março de 1866. Iniciou os seus estudos no seminário de Zamora. A partir de 1891 estudou em Toledo, onde veio a obter o grau de doutoramento em Sagrada Teologia. Foi ordenado sacerdote nesse ano, a 23 de Maio. Depois de trabalhar
em diversas paróquias, foi consagrado Bispo da diocese de Sigüenza a 27 de Dezembro
de 1916.
Quando em 1936 se inicia a Guerra Civil, vários amigos o aconselharam a abandonar a diocese, para evitar ser capturado pelos milicianos marxistas, mas D. Eustáquio sempre recusou todas
as propostas de abandonar a diocese, dizendo que o seu lugar era em Sigüenza.
Na madrugada do dia 26 de Julho, um grupo de milicianos das POUM (Partido Obrero de Unificación Marxista) e das CNT-FAI (Confederacion Nacional del Trabajo) assaltaram o palácio episcopal e como não o encontraram, entreteram-se a saquear o edifício e a incendiar
diversos objectos religiosos. Na noite desse mesmo dia, veio um segundo grupo
de milicianos, que o prendeu, mentindo-lhe, dizendo que o iriam levar a Madrid
para ali ficar prisioneiro. O automóvel onde o senhor Bispo D. Eustáquio foi colocado, seguiu pela estrada em direcção a Alcobea del Pinar, e o seu martírio começou. No quilometro 4,5 da estrada da estrada de Alcobea del Pinar a Sigüenza, atiraram-no para a estrada com o carro em andamento, o que lhe provocou diversas fracturas nas pernas e braços. De seguida, fuzilaram-no, tendo de imediato queimado o seu corpo com gasolina numa valeta. O seu corpo não foi enterrado, mas simplesmente abandonado, até que a 4 de Agosto de 1936, foi encontrado pelas
forças nacionais, junto com a sua cruz peitoral e um terço. A sua cabeça apresentava várias impactos de bala.
na ermida de San Roque em Alcobea del Pinar.
Em 1946, os restos do Bispo-mártir D. Eustáquio Nieto y Martín foram transladados para a catedral de Sigüenza, onde hoje se encontram.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Beato Juan Duarte Martín, diácono mártir
+ 15 novembro 1936
Foi beatificado em Roma, a 28 outubro de 2007, na companhia de outros 497 mártires espanhóis
Esta é a história de um jovem mártir de 24 anos, diácono e seminarista - cuja história, desde já aviso, pode ferir a sensibilidade de alguns leitores - vítima de uma selvajaria sem
limites, que quero acreditar, hoje inimaginável. Um relato arrepiante de uma
crueldade atroz, um dos muitos capítulos negros da Guerra Civil Espanhola, e a
da sua violência exercida contra os católicos, especialmente aqueles que se
renegaram a negar a sua Fé. Um testemunho eloquente que nos deve fazer pensar.
Mas, alegria Cristãos! Apesar das torturas vis, e a morte hedionda que sofreu, este
nosso Irmão na Fé de Cristo, foi recompensado pelo Senhor. Seu martírio é um
sinal de esperança e perdão.
Juan Duarte Martín nasceu emYunquera (Málaga) a 17 de Março de 1912, de pais pequenos proprietários agrícolas. Foi baptizado na paróquia de N.ª S.ª da Encarnação da Yunquera, onde também recebeu o Crisma.
Ingressou no seminário menor no ano lectivo de 1925/26, com a idade de 13 anos. Foi uma decisão que não surpreendeu ninguém, pois desde cedo mostrou interesse pela Igreja e aulas de
catequese da paróquia, onde sentiu a vocação de se consagrar ao Senhor.
Juan, durante os anos de seminário revelou-se um aluno exemplar. Bastante inteligente e dedicado aos estudos, foi sempre aprovado com as mais altas qualificações. Reconhecendo neles boas capacidades, o reitor, Pe. Soto, recomendou-o para Prefeito, ou seja, educador dos seminaristas menores. Bastante alegre e simples, vários testemunhos referem que as suas férias (do seminário) traziam alegria à sua aldeia natal.
A 1 de Julho de 1935 recebeu o sub-diaconado. No ano seguinte, foi ordenado diácono na catedral de Málaga a 6 de Março de 1936. A tempestade do martírio aproximava-se.
A sua detenção, a 7 de Novembro, ocorreu estava ele em casa de seus pais e irmãs. Deveu-se a uma denúncia de uma das suas vizinhas dizendo “que ali morava um diácono”. Quando os milicianos republicanos arrombaram a porta, só o encontraram a ele, sua mãe e sua irmã mais nova, Carmem de 15 anos, que se encontrava a bordar a cinta com que os seus pais atariam suas mãos na cerimónia de ordenação sacerdotal.
De sua casa, o levaram ao calabouço municipal, e ali com dois outros seminaristas, José Merino e Miguel Díaz, pelas quatro da tarde, os levaram a El Burgo, onde na noite de 7 para 8
martirizaram os seus dois companheiros, enquanto Juan foi levado, pela estrada
de Ardales até à vila de Álora, onde não era suficientemente conhecido.
Em Álora foi levado primeiramente a uma pousada, e logo depois ao calabouço municipal, onde durante vários dias foi submetido a torturas várias sem conta, com que pretendiam levá-lo
a blasfemar com Jesus Cristo. Mas ele, sempre respondia: “Viva o Sagrado Coração
de Jesus! Viva Cristo Rei!”
Estas torturas a que os milicianos o submeteram foram várias: desde tareias diárias, a fios de arame debaixo das unhas, a aplicação de corrente eléctrica nos órgãos genitais, e até
“passeios” pelas ruas da vila entre sovas, bofetadas e escárnio. Tudo com o
mesmo objectivo: levá-lo a blasfemar contra Deus. As boas pessoas de Álora
viram aquela paixão de Juan Duarte, como um filho ou um irmão querido. Foram
muitos os habitantes de Álora que se revoltavam ao ver aquele espectáculo
horrendo, que faziam àquele jovem diácono.
Do calabouço municipal, o levaram então à prisão, que então ficava na Plaza Baja, hoje Plaza de la Iglesia. Ali começou um processo de mortificação fisíco e psíquico que o levou à morte e à Palma do Martírio.
Para divertimento dos milicianos, começou-se por introduzir na sua cela uma rapariga de 16 anos, com a missão expressa de o seduzir, e logo denunciar que tinha sido violada por
ele. Como esse esquema não resultou, um dos milicianos, pegando numa navalha de
fazer a barba (como se usava naqueles anos trinta), o castrou e entregou os
seus testículos à rapariga que os “passeou” pelas ruas da vila.
Após esta acção selvagem, quando Juan Duarte acordou, e recuperou o conhecimento, apenas perguntava aos outros presos da mesma cela: “Que me fizeram? Que me fizeram?”.
Como a aumentava indignação de muitos habitantes de Álora crescia, perante o conhecimento do que se fazia aquele prisioneiro, e como Juan Duarte não dava mostras de renegar a Fé, os
dirigentes do Comité local decidiram proporcionar-lhe uma morte horrenda.
Esta morte foi levada a cabo na noite do dia 15 de Novembro. Levaram-no, já bastante ferido e com as pernas partidas, levaram-no da prisão até Arroyo Bujía, a um quilometro e meio da
estação de Álora,, deitaram-no sobre o solo, e com um machado abriram-no de cima a baixo, encheram os seus intestinos e estômago de gasolina e lhe deitaram
fogo, agonizante, mas vivo!
Durante este último tormento, Juan Duarte só dizia: “Eu vos perdoo, e que Deus vos perdoe… Viva Cristo Rei!”.
Durante vários dias, refere o relato de sua irmã Cármen, os milicianos disparam sobre o que restava do seu corpo, que ficou semi-enterrado durante 6 meses.
A 3 de Maio de 1937, o pai e um dos irmãos do mártir Juan Duarte, apresentaram-se em Álora para exumar o seu corpo, fácil de encontrar debaixo da areia, pois tinha sido enterrado por uns
locais a tão pouca profundidade que o seu irmão José, tal como ele mesmo contou, bastou escavar com os dedos das mãos, que rapidamente se encontraram seus restos.
Assim são os santos da nossa amada Santa Igreja Católica. Pode-se mesmo dizer, que o martírio tão impressionante como o do jovem diácono Juan Duarte Martín, de 24 anos, no ano de 1936, não fica atrás dos insígnes diáconos da Igreja, Santo Estêvão e São Lourenço.
Que a sua imolação, nos possa fortalecer na Fé e no amor a Jesus Cristo.
Beato Juan Duarte Martín, roga por mim a Nosso Senhor Jesus Cristo!
Fotografia da irmã do Beato-mártir Juan Duarte Martín, Carmen Duarte Martín, tirada no dia dos seu 90 anos em novembro de 2010. Carmen, marcada pelo sacríficio e imolação de seu irmão, decidiu aos 16 anos de idade, consagrar a sua vida ao Senhor, fazendo-se Carmelita do Sagrado Coração de Jesus.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Pe. Isabelo Esteban y Gutiérrez (diocese de Toledo)
Embaixo, publico uma preciosa relíquia do Servo de Deus: uns apontamentos espirituais, que escreve em 1929, no início da sua formação como seminarista. Um documento impressionante, escrito por um jovem de 18 anos, que deseja entregar a sua ao Senhor. Encontra-se em espanhol, mas façam o favor de ler, e se deixarem impressionar com a beleza de um coração apaixonado por Deus, que estabelece para consigo mesmo uma série de compromissos. De salientar a que escreve, muito profeticamente, na primeira página desse manuscrito quando diz: “Entrega-me nas mãos de Jesus, como Ele se entregou nas de seus inimigos, e se permitires que alguma mão alheia me esbofetei, recordarei que também a Ele o fizeram os soldados”.
Foi ordenado sacerdote a 6 de junho de 1936, pelas mãos do Arcebispo de Toledo D. Isidro Goma y Tomás.
Após da sua ordenação sacerdotal, celebrou a Missa Nova a 14 de junho, ás 10 da manhã na igreja paroquial de San Miguel Arcángel da sua aldeia natal.
Depois da sua Missa Nova, o Pe. Isabelo permaneceu em sua casa esperando que lhe fosse confiado algum ministério. Estava em casa de família quando foi recebendo notícias dos martírios de tantos companheiros, e consciente que se seguiria.
Nos testemunhos martiriais foi recolhida a frase que proferiu para a mãe, por aqueles dias: “Mãe, se me vierem a procurar, não diga que eu não estou, porque o díscipulo não há-de ser mais que o Seu Mestre”.
Segundo o depoimento do miliciano que o assassinou, e quando caminhavam para o martírio, o Pe. Isabelo ofereceu-lhe um cigarro, e já junto à vedação do cemitério de Navahermonosa, o sacerdote voltou-se para os milicianos e perguntou-lhes qual deles iria disparar sobre ele. “Eu”, disse o que haveria de disparar. Então, “aproximou-se de mim, beijou-me a mão, dizendo: - Eu te perdoo, e desejo que Deus, por quem dou a minha vida com muito gosto, te perdoe. Sei que morro pelo crime de apenas ser sacerdote”. Era o dia 30 de setembro de 1936.
O inquérito martirial, refere ainda uma testemunha que ouviu esta comentário meses depois num hospital da zona republicana, um tal de Victorio, conhecido como o Cabo Feo, que se debatia dizendo: “Que valente! Não devíamos o ter matado!”.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Beato Martín Martinez Pascual (padre-mártir)
Devo dizer que fiquei triste, surpreendido e deslumbrado quando conheci a história deste jovem sacerdote espanhol de 25 anos que agora vos apresento. Triste comigo mesmo, porque sou baptizado há já 39 anos, e faço parte dessa grande comunidade de fiéis que caminham em direcção ao céu, que é a Igreja, essa Santa Igreja Católica que me acolhe, e desconhecia por
completo o Beato Martín Martinez e a história de sua provação e martírio. Surpreendido,
ao ver esta fotografia nas condições específicas em que foi feita. E deslumbrado, pelas surpresas que o Senhor me proporciona na minha vida: conhecer este seu sacerdote e sua imolação, fez-me interrogar sobre a minha própria condição de cristão (envergonhado ou empenhado?).
Devo-vos dizer que esta imagem, esta fotografia, bela e fortíssima, quase hipnótica, que foi tirada justamente alguns segundos antes da sua morte por fuzilamento, por um, imaginem… um fotógrafo russo, provavelmente um dos muitos comissários políticos que Estaline enviou a Espanha na época. E o que vemos? Uma paz, um olhar tranquilo e sereno que nos desarma. Ao
invés de possível desespero, raiva ou fraqueza emocional, tão comum à própria
condição humana, perante o drama pessoal que se iria dar, vemos uma serenidade,
um olhar firme, uma postura corajosa que é simplesmente impossível de não nos interpelar.
Este jovem padre ia morrer assassinado. Ele sabia-o bem. Alguns de seus colegas
no sacerdócio tinham sido executados pouquíssimos minutos antes. Mas olha o seu
fotógrafo, cúmplice do assassinato cobarde, com uma serenidade só possível de
quem perdoa e ama os seus inimigos, como pediu Jesus. Quem é o cristão que pode
ter medo da morte a partir de hoje?
Martín Martínez Pascual nasceu em Valdealgorfa, província de Teruel e diocese de Zaragoza, a 11 de Novembro de 1910.
do Sagrado Coração de Jesus. Foi ordenado sacerdote a 15 de Junho de 1935 e
recebeu a missão de ser formador no Colégio de San José de Múrcia e professor
no seminário diocesano de San Fulgencio.
Terminado esse ano lectivo como professor, fez uns exercícios espirituais em Tortosa, de 26 de Junho a 5 de Julho de 1936. Em seguida foi de férias à sua aldeia, e ali foi surpreendido
pela perseguição religiosa que se iniciou.
A 18 de Agosto de 1936, pela manhã, as milícias republicanas e comunistas detiveram todos os sacerdotes que se encontravam em Valdealgorfa. Ao não encontrar Martín, prenderam o seu pai.
Imediatamente, a família informou secretamente o Pe. Martín para que fugisse.
Mas, este quando soube, foi entregar-se ao Comité local dos milicianos: Um
miliciano seu amigo, ainda o quis demover nas suas intenções, pedindo-lhe que
fugisse. Mas o Pe. Martín diz-lhe que não podia consentir que o seu pai
padecesse por ele, e que queria sofrer a mesma sorte que os outros sacerdotes. Já
no Comité, este miliciano ainda procurou salvar Martín, dizendo que se tratava
de um jovem estudante. Mas, ele confessou abertamente que era sacerdote, e deu
ao seu amigo um forte abraço, pedindo-lhe que o transmitisse aos seus
familiares. “Eu quero morrer com os meus companheiros”, dizia.
De imediato o levaram a pé até à praça da aldeia, onde subiu para cima de um camião na companhia de outros cinco sacerdotes e nove leigos (Foi de cima de esse camião que o fotógrafo
russo imortalizou a imagem do futuro Beato da Igreja Católica!) e seguiram na
estrada de Alcaniz, onde os fuzilaram.
Colocaram-nos de costas, mas o Pe. Martín quis morrer de frente, como o vemos na fotografia. Antes de o executarem, pelo simples delito de ser padre católico, perguntaram-lhe se
desejava alguma coisa. Pe. Martín disse: “Eu vos quero dar a minha bênção, para
que Deus não tome em conta a loucura que estais a cometer”. E depois de abençoá-los,
gritou: “Viva Cristo Rei!”. Era o dia 18 de Agosto de 1936, perto das 18h00.
O Pe. Martín Martínez Pascual foi beatificado na cidade santa de Roma, a 28 de Outubro de 2007, em conjunto com mais 497 mártires da perseguição religiosa ocorrida no contexto da
Guerra Civil Espanhola.
Que contraste com este jovem padre - que não hesitou em dar a sua vida por Cristo - encontro eu na minha vida de cristão, tantas vezes envergonhado de dar testemunho de Cristo em público
ou perante os meus amigos, com medo de ser rotulado de retrógrado, homofóbico
ou… imaginem a ironia… beato!!! E oxalá, nós cristãos, consigamos os méritos
suficientes em vida, para que possamos verdadeiramente ser Beatos ou mesmo
Santos! Pois se estes são os olhos de quem vai morrer, eu atrevo-me a dizer que
são os olhos serenos de quem tem a certeza que sabe para onde vai e quem o
espera!
Uma Mãe e suas quatro filhas valencianas - modelo de família
O Papa Bento XVI propôs uma mãe valenciana de 83 anos que morreu mártir na companhia das suas quatro filhas, religiosas de vida contemplativa - vítimas da feroz perseguição religiosa de 1936 ocorrida no contexto da Guerra Civil Espanhola - como modelo de “família cristã”, no VI Encontro Mundial de Famílias que se celebrou em 2010 na Cidade do México.
Esta família, formada por Maria Teresa Ferragud Roig, natural de Algemesi, e suas 4 filhas, religiosas de vida contemplativa, foram todas martirizadas em Alzira (Valencia). As cinco foram beatificadas por João Paulo II em 2001.
A 25 de outubro de 1936, festa de Cristo Rei, a mãe pediu para acompanhar suas filhas ao martírio e ser executada em último lugar para assim as poder acarinhar, e a confortá-las ao morrer pela Fé. Sua morte impressionou tanto os seus assassinos que estes exclamaram: “Esta é uma verdadeira santa”!
Este facto também impressionou o Papa João Paulo II que beatificou a mãe e suas quatro filhas em 2001. Igualmente o Papa Pio XII se referiu publicamente a Maria Teresa Ferragud como “a mãe dos macabeus”, em referência aos sete irmãos judeus que, segundo o relato bíblico, morreram por defesa da sua Fé na presença da sua mãe, quem os igualmente os acarinhou ao enfrentarem o seu martírio.
Maria Teresa Ferragud, nascida em Algemasi em 1853, foi assassinada em Alzira em 1936 depois de ver o martírio de suas quatro filhas, que se tinham refugiado na casa familiar no início da guerra civil de Espanha, após os seus mosteiros terem sido incendiados e as monjas dispersas. Os milicianos arrastaram as quatro irmãs, mas a mãe destas ”quis segui-las para não as abandonar”, dizendo aos assassinos: “Onde as minhas filhas forem, eu vou!”, que após as ter trazido no seu ventre e as ter visto nascer, também quis vê-las nascer para a Glória.
Ao serem fuziladas, todas elas gritaram em voz alta: “Viva Cristo Rei!”, após terem todas perdoado os seus carrascos.
A mãe e suas quatro filhas martirizadas, Maria Jesús, Maria Felicidad, Maria Verónica y Josefa, as três primeiras pertencentes à Ordem religiosa das Clarissas Capuchinhas, e a quarta às Agostinhas Descalças, foram beatificadas pelo Papa João Paulo II em 2001, com outros 229 mártires espanhois, vítimas da insana perseguição religiosa ocorrida em 1936.
Maria de Teresa Ferragud, “de profunda convicção religiosa desde criança, teve uma especial devoção à Eucaristia, que se manifestava na presença diária da Missa e na Adoração ao Santíssimo”. Fez parte do grupo de Acção Católica da sua paróquia e assumiu diversas responsabilidades no grupo das mulheres desse movimento católico. Também participava nas actividades da Fraternidade de S. Vicente de Paulo da sua paróquia, de que foi presidenta.
As memórias destas martires cristãs são festejadas com grande alegria pela nossa Santa Mãe Igreja a 25 de Outubro.
Beata Maria Teresa Ferragud e tuas quatro filhas, Orem por mim a Nosso Senhor Jesus Cristo pois sou um miserável pecador!
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Pe. Isabelino Madroñal Sánchez - diocese de Toledo
Pe. César Eusebio Martín - padre da diocese de Toledo
Sua mãe declarou que o seu filho passava aqueles dias, antes de ser martirizado, a rezar e a ler livros sobre mártires. Quando foi detido, foi conduzido ao Comité local dos comunistas. Após um interrogatório humilhante para apurar se era sacerdote ou não, e perante a sua afirmativa, o condenaram imediatamente à morte. Ao sair, um grupo de gente o quis linchar na praça. fazem-no subior a bordo de um automovel, acompanhado de um piquete de milicianos, na direcção de Calzada de Oropesa. Poucos quilometros depois, o fizeram descer do veículo e caminhar, quando ele, sereno, lhes diz: "Sei o que me vão fazer. Que Deus vos perdoe como eu vos perdoo". Um pouco antes, e segundo confessaram os mesmos assassinos, o tinham instado a gritar: "Viva o Comunismo!", ao que ele sempre respondia "Viva Cristo Rei!" Foi no dia 27 de julho de 1936.
As reliquias sagradas do jovem sacerdote e Servo de Deus, Pe. César Eusebio Martín, mártir da Fé, encontram-se sepultadas junto ao altar maior da igreja paroquial de Navalcán.
Pe. César Eusebio Martín, tu que deste a vida por Jesus Cristo e pela Igreja, ora por mim!
domingo, 4 de dezembro de 2011
Paracuellos de Jarama - 75.º Aniversário
Martires de 7-8 de novembro e 28 a 30 novembro de 1936:
1.
Adalberto Juan (Irmão das Escolas Cristãs)
2.
Adradas Gonzalo, Juan Jesús
(Beato)
3.
Alcalde Alcalde, Juan (Ir)
(Beato)
4.
Alcalde González, Benito
5.
Alcalde Negredo, Pedro María (Ir) (Beato)
6.
Alcobendas Merino, Severino
7.
Alfonso, José (Ir)
8.
Alfonso Beltrán (Irmão das Escolas Cristãs)
9.
Alonso Cadierno, Pedro
Nolasco
10.
Álvarez Melcón, Bernardino
11.
Álvarez Rego, Manuel
12.
Arnaiz Álvarez, Atanasio
13.
Baldajos Pérez, Juan (Ir)
14.
Basilio Julián (Irmão das Escolas Cristãs)
15.
Bautista Jiménez, Eduardo
(Ir) (Beato)
16. Bernalte Calzado, Pedro
Alcántara (Ir) (Beato)
17.
Blanco, Vicente
18.
Bocos, Ángel (Ir)
19.
Caballero, Juan José
(subdiácono)
20.
Carmona, Isabelino
21.
Daciano (Irmão das Escolas Cristãs)
22.
Delgado Pérez, José (Ir)
23.
Delgado Vílchez, Hilario
(Ir) (Beato)
24.
Díez Fernández, Jenaro
25.
Díez Sahún, Clemente (Ir) (Beato)
26.
Donoso Murillo, Arturo (Ir)
(Beato)
27.
Escribano Herranz, Mariano
28.
Esteban, Francico
29.
Esteban, Gregorio
30.
Eufrasio María (Irmão das Escolas Cristãs)
31.
Fanjul Acebal, Alfonso
32.
Feijoo, Zacarías
33.
Fernández González, Justo
(Ir)
34.
Floriano Félix (Irmão das Escolas Cristãs)
35.
Franco Prieto, Emilio
36.
García González, Senén
37. García Molina, Diego de
Cádiz (Ir) (Beato)
38.
García Pérez, José (noviço)
39.
Garzón González, Anastasio
40. Gesta de Piquer, Jesús
(Ir) (Beato)
41.
Gil Arribas, Valentín
42.
Gil, Justo (diácono)
43.
Gomara, Vidal Luis
44.
Gómez Lucas, Daniel (Ir)
45.
González Bustos, Maximino
46.
Guerra, José (Ir)
47.
Iglesias Suárez, Ramón
48.
Ismael Ricardo (Irmão das Escolas Cristãs)
49.
Juan Pablo (Irmão das Escolas Cristãs)
50.
Juanes Santos, Justo
51.
Julián Alberto (Irmão das Escolas Cristãs)
52.
Llop Gayá, Guillermo (Ir) (Beato)
53.
López Arroba, Rogelio
54.
Luis Victorio (Irmão das Escolas Cristãs)
55.
Marcelino Rebollar, Julián
(Ir)
56.
Marco, Alberto
57.
Martín Gago, Victorio
58.
Martín Gómez, Manuel
59.
Martín López, Francisco
José
60.
Martínez Gil-Leonis,
Antonio (Ir) (Beato)
61. Martínez Izquierdo,
Isidoro (Ir) (Beato)
62.
Martínez Vélez, Dámaso
63.
Martínez y Martínez, José
64.
Mata Pérez, Anastasio (Ir)
65. Meléndez Sánchez,
Martiniano (Ir) (Beato)
66.
Mendivelzúa, Juan
67.
Mendoza Sabada, Jacinto
68.
Menes Álvarez, Antonio
69.
Monterroso García,
Crescencio
70.
Mora Velasco, José (Beato)
71.
Morquillas Fernández,
Francisco
72.
Múgica Goiburu, Lázaro (Ir)
(Beato)
73.
Muñiz, Félix
74. Nogueira Guitián, Manuel
(Carlos de los Santísimos Sacramentos)
75.
Pablo de la Cruz (Irmão das Escolas Cristãs)
76.
Pajares García, Samuel
77.
Peña, Vicente
78.
Peque Iglesias, José (Ir)
79.
Pérez Buenavista, Marcos
(Ir)
80.
Pérez Carrascal, Laureano
81. Pérez Díez, Gabriel
(Manuel del Rosario)
82.
Pérez Nanclares, Florencio
(Ir)
83.
Plazaola Artola, Julián
(Ir) (Beato)
84.
Poveda Daries, Luis
85.
Prado, Eleuterio (Ir)
86.
Prieto Fuentes, José (Ir)
87.
Reguero, Victoriano
88.
Renuncio Toribio, Vicente
89.
Riaño Herrero, Serviliano
(Ir)
90.
Rodrigo Fierro, Sabino
91.
Rodríguez Alonso, Avelino
92.
Rodríguez Crespo, Agustín
93.
Rodríguez Fernández,
Vicente
94.
Rodríguez Peña, José María
95.
Rodríguez, Clemente (Ir)
96.
Rodríguez, Publio (Ir)
97. Rueda Meijías, Miguel
(Ir) (Beato)
98. Ruiz Cuesta, José
(postulante) (Beato)
99.
Ruiz Ruiz, Leonardo
100.
Ruiz Valtierra, Luciano
(Ir)
101.
Sáenz Gastón, Romualdo
102.
Salvador del Río, Nicéforo (Ir) (Beato)
103.
Sánchez Fernández,
Marcelino (Ir)
104.
Sanz Domínguez, Manuel (Ir)
105.
Sastre Corporales, Ángel
(noviço) (Beato)
106.
Sedano Sedano, Enrique
107.
Sinfronio (Irmão das Escolas Cristãs)
108.
Soria Castresana, Juan
109.
Touceda Fernández, Román
(Ir) (Beato)
110.
Turrado Crespo, Eleuterio
111.
Valiente, José María (Ir)
112.
Vega Riaño, José
113.
Villarroel Villarroel,
Balbino
114.
Zubillaga Echarri, Joaquín
(Agostinho do Escorial, Martirizado a 30 novembro 1936)
115.
Abia Melendro, Luis (Ir)
116.
Alonso López, Ramiro (Ir)
117.
Arconada Merino, Dámaso
118.
Calle Franco, Bernardino
(Ir)
119.
Carvajal Pereda, Pedro J. (Ir)
120.
Cerezal Calvo, Miguel
121.
Cuesta Villalba, Víctor
(Ir)
122.
Dalmau Regas, José M. (Ir)
123.
Diez Fernández, Nemesio
(Ir)
124.
Espeso Cuevas, Matías
125.
Fariña Castro, José Agustín
126.
Fincias, Julio María (Ir)
127.
Fuentes Puebla, Francisco (Ir)
128.
Gando Uña, José (Ir)
129.
García Ferrero, Joaquín
130.
García de la Fuente, Arturo
131.
García Fernández, Nemesio
(Ir)
132.
García Suárez, Esteban
133.
Garnelo Alvarez, Benito
134.
Gil Leal, Gerardo
135.
Guerrero Prieto, Marcos
(Ir)
136.
Iturrarán Laucirica, Miguel
(Ir)
137.
Largo Manrique, Jesús
138.
López Piteira, José (Ir)
139.
Malunbres Francés,
Constantino
140.
Marcos del Río, Francisco
141.
Marcos Reguero, Ricardo
(Ir)
142.
Marcos Rodríguez, Julio
(Ir)
143.
Martín Mata, Román (Ir)
144.
Martínez Antuña, Melchor
145.
Martínez Ramos, Pedro
146.
Mediavilla Campos, Isidro (Ir)
147.
Merino Merino, Heliodoro
148.
Monedero Fernández, Juan
149.
Noriega González, José (Ir)
150.
Pascual Mata, Gerardo (Ir)
151.
Pérez García, José Antonio (Ir)
152.
Renedo Martin, Agustín
153.
Revilla Rico, Mariano
154.
Rodríguez Gutiérrez,
Conrado
155.
Rodríguez González, Benito
156.
Sánchez Sánchez, Juan
157.
Sánchez López, Macario (Ir)
158.
Sánchez López, Tomás (Ir)
159.
Simón Ferrero, Pedro (Ir)
160.
Suárez Valdés, Luis
161.
Terceño Vicente, Dionisio
(br)
162.
Valle García, Máximo (Ir)
163.
Varga Delgado, Pedro de la
164.
Velásco Velásco, Benito
165.
Zarco Cuevas, Julián